acontece a 6ª edição do PrasBandas no Bairro Alto
na bela Praça da Liberdade
em frente aos morros da nossa serra do mar...
A primeira banda convidada é a Maxixe Machine!
Leia abaixo um pouco sobre esses curitibanos
e ao lado escute algumas de suas canções.
Independência ou morte mermão :)
Essa confusa história começa no longínquo 1981 na pacata cidade Curitiba, com a formação da CONTRABANDA (Contrabanda Enterprise Corporation & Limitadas Companhias), uma turma de compositores obcecados com a produção e apresentação de suas canções, uma raridade na época em solo curitibano, a novidade levou o público a lotar as sessões no Mini Guaíra. As performances resumiam-se a cenários de ferro velho e uma muita vontade da garotada (a média de idade era 17 anos) de interpretar suas canções no estilo salada russa da maneira mais barulhenta que seus violões vagabundos e suas letras estranhas permitiam. Após apresentarem-se no Circo Voador na cidade do Rio de Janeiro, a então crítica Ana Maria Bahiana escreveu na “Pipoca Moderna”: "... são verdadeiras esponjas musicais..." obviamente referindo-se à mistureira e baderna que aprontavam. Alguns shows mais tarde, a CONTRABANDA fez sua última apresentação no Guairão ao final de 82.
Cronologia dos Fatos: Quem é quem?
A canção punk e a poesia clássica era o mote, a vocação era para uma poesia dura e com um humor duvidoso. Assim foi difundido o particular e nada saudável hábito de fazer músicas e poesias em grandes grupos, incluindo aí, Shakespeare, Yeats, Baudelaire, Rimbaud, Edgar A. Poe, Maiakovski, Klebnikov, e outros. Essa turma formada há mais de vinte sete anos por Rodrigo Barros (Voz, violão e Guitarra), Walmor Douglas (Voz, Guitarra e violão), Renato Quege (Baixo e Voz) e Luiz Ferreira (Guitarra, Cavaco e Voz) que sempre estiveram em Curitiba mais o poeta Sérgio Virallobos (Voz) que foi pra Manaus e depois pra SP de onde continuou a escrever à distância com os sempre parceiros Thadeu Wojciechowski, Beto Trindade, Edilson Del Grossi e Marcos Prado. Antes do baterista Mola Jones houve o Foguinho e de 1985 a 1988 contou com o saxofone estranho (dizem) do Negro Gladistone Ghetto. O Therciano Albuquerque (Teclados) veio em 91 e junto com eles duas baterias com o Jeff Otto, que hoje é ídolo do axé em algum lugar de Curitiba, o 1995 Ricardo Rosinha e o Antonio Saraiva vieram pro Sem Suingue. Logo que o Maxixe Machine nasceu e o poeta Marcos Prado morreu. Mas a turma é grande e a sede infinita.
Poesia está presente em outros trabalhos dos músicos Rodrigo e Ferreira, produtores de grande acervo de poesia falada e eventos literários, podendo ser incluídos entre os maiores colecionadores de material poético oral de qualidade do Brasil, aumentando sempre seu acervo gravando freqüentemente poetas e escritores, além de digitalizarem o imenso acervo de fitas magnéticas do falecido jornalista Aramis Millarch no próprio estúdio da dupla, a “CHEFATURA & SONS”.
Os dois também fazem parte da equipe de criação da Cia. Sutil de Teatro, com o diretor Felipe Hirsch, desde o seu início, e ainda abusando e usando os seus excelentes atores no curta BARBABEL, de 1999.
Sendo donos do próprio estudio (Chefatura), selo (Sem Suingue) e, brevemente, de seu próprio teatro (A Grande Garagem Que Grava – 60 lugares e outra longa história...), com tecnologia barata para a industrialização de seus vários produtos culturais, o grupo vem sobrevivendo com galhardia às crises e aos modismos que assolam o mercado cultural, ultrapassando sempre as baixas perspectivas de sobrevida dos artistas independentes.
Próxima postagem:
MAXIXE MACHINE ATRAVÉS DOS TEMPOS